sexta-feira, junho 17, 2011

EICEL. Programa de Acção 2011 - 2014 (parte 10)

(continuação do nº1182, de 3 de Junho de 2011, pág. 7)

























Gráfico 2: Esquema de enquadramento das áreas de estudo a aprofundar para apresentação da história e do património do Couto Mineiro do Espadanal.

2 – Economia e Política:

O contexto económico e político internacional das duas Grandes Guerras do século XX está na origem da descoberta e do desenvolvimento industrial da extracção de carvões em Rio Maior. Importa assim disponibilizar ao visitante uma percepção histórica do período e das condicionantes de acesso ao mercado internacional de combustíveis durante os dois conflitos. A contextualização histórica deverá ser aprofundada em núcleo específico dedicado à indústria dos carvões em Portugal, fortemente impulsionada naquele período.

A continuação da lavra no couto mineiro do Espadanal, no pós-guerra, é resultado da intervenção do Estado, procurando-se assegurar a manutenção de uma reserva estratégica de combustível para a região de Lisboa e estudando-se o aproveitamento das lignites numa das indústrias de base que então se procurava desenvolver: os adubos azotados. A relevância do património mineiro do Espadanal enquanto documento material da política económica do Estado Novo deverá ser apresentada em núcleo específico.

Encerrando esta segunda secção parece-nos relevante um enquadramento da evolução internacional das políticas ambientais, apresentando as razões do abandono do projecto de exploração das décadas de setenta e oitenta, bem como as condicionantes que, mesmo perante a existência de mais de duas dezenas de milhões de toneladas de lignite em reserva no jazigo de Rio Maior, impendem sobre uma eventual exploração futura.

3 – Capacidade Empresarial:

As minas integrantes do couto mineiro do Espadanal foram concessionadas a quatro empresas entre 1918 e 1988: a firma Leites, Sobrinhos e C.ª (1918-1920), a Empresa Industrial, Carbonífera e Electrotécnica, Limitada (EICEL) (1920-1970), a Companhia Portuguesa de Electricidade (CPE) (1970-1976) e a empresa Electricidade de Portugal (EDP) (1976-1988). A exposição permanente deve apresentar ao visitante a actividade das várias empresas concessionárias, com destaque para a EICEL, descrevendo sucintamente os processos de registo e concessão de minas, apresentando os percursos biográficos dos mais relevantes accionistas, dirigentes e técnicos, com natural destaque para António Custódio dos Santos, descobridor legal e grande impulsionador da exploração da Mina do Espadanal, e para Luís Falcão Mena, director técnico da EICEL entre 1944 e 1964, com uma acção importante durante o período de maior desenvolvimento industrial e social da actividade mineira em Rio Maior.

Procurar-se-á apresentar esquematicamente a evolução da organização empresarial do empreendimento mineiro, procedendo-se a uma análise comparativa com empresas congéneres e coevas.

Continua no próximo número do Região de Rio Maior

In Região de Rio Maior nº1183, de 10 de Junho de 2011

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