sexta-feira, outubro 29, 2004

Leituras no tempo. Rio Maior 1878 (5ª parte)

Hospital.

Existe n’esta villa um pequeno hospital, fundado em 1619, que, segundo consta de documentos antigos, era administrado pelo hospital da Misericórdia, de Santarém. Os moradores de rio Maior, pediram a D. José I, em 17 de Janeiro de 1759, a creação de uma irmandade da Misericórdia, para curar do edifício e do tratamento dos doentes pobres. O rei lh’o concedeu, por alvará de 18 de Abril do mesmo anno, com obrigação de prestar contas annuaes ao provedor da câmara de Santarém.
A construção primittiva d’este estabelecimento de caridade, era acanhada e em más condições hygienicas; mas, em 1870, por donativos de bemfeitores, foi reconstruído, e actualmente é um edifício próprio para o fim a que é destinado; podendo accomodar até 30 enfermos que d’elle necessitem, na sua passagem para as Caldas da Rainha, que é para o que elle desde o princípio se construiu. Para custear as despezas do hospital, deixou a Infanta D. Isabel Maria, filha de D. João VI, quando regente, e por alvará do anno de 1826, para a Misericórdia, os rendimentos das Irmandades do Menino Jesus, Nossa Senhora das dores, e S. Sebastião.

(Por princípio mantém-se a ortografia original dos documentos transcritos)
LEAL, Pinho, Portugal antigo e moderno, 1878

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