sexta-feira, novembro 05, 2004

Leituras no tempo. Rio Maior 1878 (8ª parte)

Em 1876 construiu-se um theatro, a expensas da associação denominada - Progresso Dramatico Riomaiorense.
Além d'esta associação, há mais as seguintes:
Gremio de Instrucção e Recreio Riomaiorense, estabelecida em um magnfico predio, no melhor sitio da villa, e formado pelas pessoas mais importantes do concelho, e de alguns cavalheiros dos immediatos.
Monte-Pio, ou Associação Protectora Riomaiorense, que fornece aos socios doentes, facultativo e medicamentos.
Centro Promotor Riomaiorense, tem por fim, unir, para todo e qualquer objecto proveitoso ao concelho, os seus habitantes.
Estas duas ultimas associações devem-se à iniciativa do sr. commendador, Vicente Augusto d'Araújo Camizão, abastado proprietário d'este concelho, e ex-delegado do thesouro em Santarém.

Ha n'esta villa algumas fabricas de cortumes.

Exporta madeiras, rezinas, sal, pedra de cantaria, pedreneiras, azeite, vinho, fructa e outros géneros agrícolas.

Quintas

Ha no concelho as seguintes:
S. Payo, do sr. Camizão, e da qual já fallei.
Quinta Nova e a dos Figueiredos, do sr. commendador Francisco Luiz dos Santos.
Assentiz e Sanguinhal, da viúva do commendador Freire.
Sobreiros, do sr. João da Maia Rosa.
Carvalhal, do sr. Francisco Ferreira Campos, cirurgião-mór militar.
Seabra, dos srs. Viscondes da Bahia.
Bastidas, do sr. João José da Costa, d'esta villa, mas residente em Lisboa.
Alem de outras de menos importancia.

Ha no concelho 80 moinhos, para cereaes, alguns com duas, tres e quatro mós; e 73 lagares de azeite - serindo a todos de motor, a agua do rio.

(Por princípio mantém-se a ortografia original dos documentos transcritos)
LEAL, Pinho, Portugal antigo e moderno, 1878

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