Sob a afirmação de um princípio cultural da humanização do território surge em evidência a responsabilidade colectiva perante a contínua reedificação do espaço de vida de uma comunidade.
À cidade contemporânea, subitamente estendida para lá dos seus ancestrais limites, coloca-se, urgente, a opção fundamental entre a progressão alienante de um contínuo e anónimo aglomerado construído ou a sábia leitura das preexistências na re-criação do lugar de uma vivência humana no seu pleno significado.
À cidade contemporânea, subitamente estendida para lá dos seus ancestrais limites, coloca-se, urgente, a opção fundamental entre a progressão alienante de um contínuo e anónimo aglomerado construído ou a sábia leitura das preexistências na re-criação do lugar de uma vivência humana no seu pleno significado.
Opção colectiva por natureza – não delegável – exige de todos os riomaiorenses o contributo possível, numa necessária cooperação com as instituições locais.
Neste contexto, e afirmando a preservação do património enquanto decisiva potenciação de um desenvolvimento sustentável e significante da actual realidade concelhia, toma forma a Comissão para o Estudo, Defesa e Valorização do Património Cultural e Natural do Concelho de Rio Maior, impulsionada por um grupo de cidadãos independentes, com os seguintes objectivos:
1. Promoção de um compromisso geracional para a legação ao futuro das evidências materiais de uma secular evolução histórica da comunidade riomaiorense.
2. Desenvolvimento do estudo do património concelhio, em cooperação com os organismos autárquicos locais e com as mais credenciadas instituições nacionais e internacionais, tendo em vista a sua preservação com fundamento nos mais rigorosos critérios de salvaguarda patrimonial.
3. Promoção de acções de sensibilização da comunidade e das entidades com intervenção na gestão territorial, através da regular divulgação pública de um corpo científico e artístico de estudos em torno dos valores locais.
A colaboração de todos os riomaiorenses afirmar-se-á enquanto tomada de consciência cívica, num necessário aprofundamento da vivência democrática.
3 comentários:
Muito oportuno.
Onde se pode obter informação sobre o antigo Ramal de Rio Maior que ligava o Vale de Santarém ás Minas de Rio Maior, nomeadamente fotos e material circulante?? Obrigado
A informação sobre o caminho-de-ferro mineiro Rio Maior - Vale de Santarém é vasta e dispersa. Para um estudo detalhado recomendamos a leitura paciente dos títulos de imprensa local ao longo das décadas, desde 1912 à actualidade. Uma completa síntese desta informação pode ser encontrada em: COSTA, Ivan, As Minas de Lignite de Rio Maior. Sua importância sócio-económica para a região e para o país, in Região de Rio Maior nºs 534 a 607, de 01.01.1999 a 26.05.2000.
O único documento fotográfico conhecido - um postal ilustrado do cais da via-férrea nos anos 40/50 pode ser encontrado em: DUARTE, Fernando, História de Rio Maior. Rio Maior: Edição do autor, 1979
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