Nuno Rocha em prova académica anterior (foto de arquivo).
No passado dia 3 de Maio, Nuno Alexandre Rocha, Presidente da EICEL – Associação para a Defesa do Património Mineiro, Industrial e Arquitectónico, apresentou a defesa pública da dissertação de mestrado “Couto Mineiro do Espadanal (Rio Maior). História, Património, Identidade” ao Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. O Júri foi Presidido pelo Doutor Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão, Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), e integrou mais três docentes: como Arguente, a Doutora Deolinda Maria da Ressurreição Folgado, Doutorada em História da Arte, Técnica Superior do IGESPAR, departamento de Inventário, Estudos e Divulgação e docente do Mestrado em Arte, Património e Teoria do Restauro do Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; o Orientador da tese, Doutor Fernando Jorge Artur Grilo, Professor Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; e o Doutor Luís Urbano de Oliveira Afonso, Professor Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Este trabalho académico foi classificado por unanimidade com dezoito valores, tendo sido realçado, que, para além da sua elevada qualidade científica, constitui um contributo cívico da maior importância para a defesa e requalificação do património mineiro de Rio Maior.
O Professor Doutor Vítor Serrão, Coordenador do Instituto de História da Arte da FLUL, fez questão de mencionar, que das cerca de 90 dissertações inscritas no âmbito do Mestrado em Arte, Património e Restauro, iniciado em 1996, esta tese foi a primeira a versar a temática do Património Industrial e Mineiro; o que segundo a Arguente, se reveste de um especial significado, uma vez que o nosso país possui um vasto património mineiro ainda muito pouco valorizado, nomeando o exemplo de apenas dois complexos mineiros estarem classificados como Imóveis ou Monumentos de Interesse Público, respectivamente, o Parque Mineiro de Tresminas em Vila Pouca de Aguiar, e o Cavalete do Poço de São Vicente, nas minas de S. Pedro da Cova.
Nuno Alexandre Rocha na sua argumentação destacou “que este trabalho não é documento encerrado, mas um esforço de fixação de um discurso histórico assente em documentação inédita, abrindo perspectivas ao aprofundamento de futuras investigações em diferentes campos disciplinares, e de análise do património subsistente, produzindo propostas para a sua salvaguarda e reutilização”, cuja concretização se deseja que decorra em estreita cooperação com a Edilidade Riomaiorense, proprietária deste património, e com o apoio das parcerias científicas e das associações de defesa do património já envolvidas neste processo.
Como refere uma investigadora desta área, Kate Clark, citada por José Amado Mendes, “o valor do património constitui uma fonte de aprendizagem, é um recurso social que envolve pessoas, é algo que contribui para o desenvolvimento da economia e faz a ligação ao desenvolvimento sustentável e não interessa apenas aos especialistas”. Daí a importância do património mineiro riomaiorense que o Mestre em Arte, Património e Teoria do Restauro, Nuno Alexandre Rocha materializou neste seu trabalho.
António José Vieira de Carvalho, Médico, Vice-presidente da EICEL, Associação para a Defesa do Património Mineiro, Industrial e Arquitectónico.
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